Pela primeira vez na história, líderes estaduais da Assembleia de Deus Ministério de Madureira são nomeados de forma vitalícia, alterando o modelo democrático adotado desde 1930.
Durante a 61ª Assembleia Geral Ordinária da CONAMAD-GO (Convenção Nacional das Assembleias de Deus – Ministério de Madureira), realizada neste fim de semana em Goiás, o bispo presidente Samuel Ferreira anunciou uma medida histórica e sem precedentes: a nomeação vitalícia dos bispos Oídes do Carmo (GO) e Abner Ferreira (RJ) como presidentes estaduais de suas respectivas convenções.
A decisão, anunciada na Catedral AD Fama, rompe com uma tradição centenária da denominação, que desde seus primórdios adota eleições a cada quatro anos para cargos de liderança.
“Vou fazer algo que eu e o bispo Álvaro, orando a Deus, achamos bom. Isso se aplicará apenas a três lugares no Brasil”, declarou Samuel Ferreira, referindo-se também a um terceiro estado ainda não revelado.
Segundo o líder, a proposta foi tomada em “oração e consenso” com o bispo Manuel Álvaro, autoridade máxima do ministério, e foi aprovada por aclamação pelos delegados presentes no evento. Ferreira justificou a mudança afirmando que “não vejo mais sentido em eleições quadrienais para esses cargos”, sinalizando uma nova fase de estabilidade e centralização na governança da denominação.
Quem são os líderes nomeados?
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Bispo Oídes do Carmo: à frente da Assembleia de Deus Madureira em Goiás há mais de três décadas, é uma das figuras mais influentes do ministério no Centro-Oeste.
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Bispo Abner Ferreira: pastor no Rio de Janeiro e nome de peso na diretoria nacional da CONAMAD, tem forte atuação em decisões políticas e eclesiásticas.
A decisão causou impacto na comunidade assembleiana por contrariar o modelo democrático implantado desde a fundação do ministério. Criada em 1930 pelos missionários Gunnar Vingren e Daniel Berg, a Assembleia de Deus – Ministério de Madureira sempre valorizou os ciclos eleitorais como parte de sua estrutura de liderança.
Agora, a nomeação vitalícia marca uma mudança drástica na condução da segunda maior convenção assembleiana do Brasil, que reúne mais de 8.200 igrejas.
As nomeações serão formalizadas por meio de ata convencional nas sedes estaduais, sem necessidade de novo processo eleitoral. Até o momento, os líderes nomeados não se manifestaram publicamente sobre a decisão.
Com informações de Exibir Gospel.