PM mata jovem por engano após sair do trabalho em SP; vídeo mostra últimos momentos da vítima

 Uma tragédia sem sentido chocou o extremo sul de São Paulo na noite da última sexta-feira (4). Guilherme Dias Santos Ferreira, de apenas 26 anos, foi morto com um tiro disparado por um policial militar que, ao reagir a uma tentativa de assalto, o confundiu com um dos criminosos. A vítima estava saindo do trabalho e, conforme mostram imagens de câmera de segurança, havia acabado de bater o ponto minutos antes de ser atingida.

Arquivo/Redes Sociais

O autor do disparo, o policial militar Fabio Anderson Pereira de Almeida, de 35 anos, alegou que suspeitos em motocicletas se aproximaram dele na Estrada Ecoturística de Parelheiros, em uma aparente tentativa de assalto. Em reação, o agente efetuou tiros para dispersar o grupo. No entanto, ao ver Guilherme se aproximando em seguida, atirou novamente — e o acertou fatalmente.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) confirmou que Guilherme não tinha qualquer relação com o crime. O jovem, que havia se casado recentemente, era considerado um trabalhador íntegro, querido por amigos, familiares e colegas de serviço.

O policial foi autuado em flagrante por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), pagou fiança conforme previsto no artigo 322 do Código de Processo Penal, e responderá ao processo em liberdade.

Clamor por Justiça

A morte de Guilherme gerou grande comoção nas redes sociais. Amigos o descreveram como “um homem íntegro, um excepcional marido, filho e amigo”. O irmão da vítima publicou uma homenagem emocionada:

“Ele era uma grande referência para todos nós. Um exemplo de homem. Honrarei seu legado todos os dias da minha vida.”

O velório e sepultamento aconteceram no domingo (6), marcados por forte emoção e revolta. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram o momento em que Guilherme deixa o trabalho — registros que contradizem qualquer suspeita de envolvimento com o crime.

Uma morte que poderia ter sido evitada

O caso escancara a urgência de debates sobre abordagens policiais e protocolos de reação em situações de risco. A família de Guilherme exige justiça, e o caso reacende o debate sobre o risco de vidas inocentes serem ceifadas por ações precipitadas e mal avaliadas, especialmente em áreas periféricas da capital.

Enquanto a justiça segue seu curso, o luto permanece para quem perdeu um ente querido por um erro irreparável. A dor da família de Guilherme agora ecoa por justiça e mudanças que evitem que outras tragédias como essa se repitam.

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.” — Mateus 5:6

Assista a reportagem na Band:

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