Escalação do pastor conhecido por “revelações” e pedidos de ofertas vultuosas gera críticas e levanta debate sobre a integridade doutrinária no púlpito assembleiano.
Presença de Leonardo Sales em evento assembleiano acende alerta sobre integridade no altar
A confirmação de Leonardo Sales como um dos preletores do evento “Julho da Renovação”, promovido pela Assembleia de Deus Brás Itapevi (SP), gerou controvérsia nas redes sociais e entre líderes evangélicos preocupados com a preservação da sã doutrina.
Conhecido por seu perfil midiático, Sale tem sido alvo de severas críticas por declarações polêmicas, uso de linguagem inapropriada no púlpito, e por supostos “atos proféticos” que envolvem revelações detalhadas de nomes e situações pessoais de membros da plateia — muitas vezes, atribuídas por críticos ao uso de informações obtidas via aplicativos ou cadastros prévios, e não à ação do Espírito Santo, como o pastor afirma.
Outro ponto que gerou desconforto entre os fiéis é o histórico de pedidos de ofertas elevadas, em valores que chegam a até R$ 10 mil, com promessas de bênçãos financeiras ou restituições divinas. Tais práticas são amplamente rejeitadas por segmentos da igreja que prezam por uma teologia bíblica sólida e desaprovam o uso comercial da fé.
Além disso, frases como “vocês são estrelas” e o tom de exaltação da autoestima humana, presentes em suas mensagens, também têm sido motivo de estranhamento. Para muitos cristãos, esse tipo de discurso se afasta do modelo bíblico de humildade, arrependimento e transformação pela cruz de Cristo.
A presença de Sale no púlpito da AD Brás Itapevi, uma igreja de tradição pentecostal que sempre valorizou a ortodoxia doutrinária e o compromisso com a Palavra, é vista como um possível sinal de flexibilização teológica ou até mesmo de negligência pastoral diante da popularidade e do apelo midiático do convidado.
Até o momento, a direção da igreja anfitriã não se pronunciou sobre as críticas. No entanto, nas redes sociais, cristãos de várias partes do Brasil seguem questionando: “Qual o critério para colocar alguém no altar?” e “Estamos trocando discernimento espiritual por engajamento digital?”
A polêmica reacende um debate necessário no meio evangélico: até que ponto igrejas estão dispostas a preservar a reverência e a pureza da pregação bíblica diante de um cenário onde carisma e influência digital parecem pesar mais que caráter e doutrina?
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” — Mateus 7:21