“O céu deve ser bom, mas eu prefiro ficar aqui”: declarações do presidente viram faísca de polêmica entre fiéis e críticos
Paris, 10 de junho de 2025 — Num momento que fez até ateu engasgar com o café, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveitou o palco luxuoso do Fórum Econômico Brasil-França para, mais uma vez, flertar com a controvérsia religiosa. Diante de autoridades e executivos, ele disse que quer viver até os 120 anos e que anda “batendo um papo” com Deus para adiar a própria chegada ao Paraíso:
“Como eu acredito que existe céu, deve ser muito bom, maravilhoso, mas eu prefiro ficar aqui na Terra… Estou reivindicando a Deus que me deixe aqui, porque tenho muita coisa para fazer.”
A fala — descrita por evangélicos como “um misto de vaidade e brincadeira blasfema” — acendeu debates nas redes: seria Lula só espirituoso ou estaria se julgando indispensável até para o cronograma divino?
GINÁSTICA, CRÍTICAS… E 56 % DE REJEIÇÃO
O petista fez questão de exibir vigor físico digno de maratonista (“levanto às 5h30, duas horas de ginástica…”) e, entre uma flexão e outra, garantiu que dorme à meia-noite “ouvindo notícias negativas” sem perder o sorriso. As tais notícias negativas não são poucas: levantamento do Pleno News aponta que 56 % dos brasileiros rejeitam seu governo — um dado que o presidente preferiu ignorar em Paris.
“DEUS ME GUARDOU AQUI PARA MOSTRAR MEU PODER”
Não bastasse conversar sobre prazos de longevidade com o Criador, Lula recorreu a outro argumento teológico digno de debate acalorado em qualquer igreja. Ao falar da transposição do São Francisco, disparou:
“Deus deixou o sertão sem água porque sabia que eu seria presidente e traria água pra cá.”
Para alguns líderes cristãos, a afirmação beira o messianismo político — sugerindo um caos provocado propositalmente pelo Eterno apenas para realçar a glória de um governante terreno. Há quem veja na frase um desrespeito à dor de 179 anos de seca, tratada como peça de marketing celestial.
“O MUNDO NÃO PROTEGE QUEM FICA EM CASA DESCANSANDO”
Entre metáforas divinas e metas de vida centenária, Lula soltou também um conselho: “o mundo não protege quem fica em casa descansando”. Aparentemente, o recado serve tanto para desempregados quanto para críticos que o acusam de se afastar da realidade econômica que insiste em morder o bolso do brasileiro.
POR QUE ISSO IMPORTA PARA O OUVINTE GOSPEL?
- Fronteira delicada entre fé e política — Deixar entender que Deus agenda milagres para exaltar um líder humano mexe com o âmago da teologia cristã: a glória é de Deus ou de Lula?
- Biblicamente questionável — A Bíblia alerta sobre orgulho (Provérbios 16:18) e sobre não “tentar ao Senhor” (Deuteronômio 6:16). Há quem veja nas falas do presidente um convite ao debate sobre soberba.
- Termômetro espiritual do eleitorado — Em tempos de queda de popularidade, recorrer ao discurso religioso pode soar como tentativa de reconquistar corações que batem ao ritmo do hinário — mas pode também provocar o efeito contrário.
Conclusão (temporariamente terrena)
Se a intenção era render manchetes, Lula acertou em cheio — mas, ao evocar o céu para justificar seus planos de poder terrestre, abriu um novo flanco de críticas no eleitorado evangélico. Resta saber se, na contabilidade divina que tanto cita, preferir a Terra aos braços do Pai será visto como sinc
Fonte: Pleno News