Um novo levantamento feito pela Sociedade Bíblica Americana (ABS) traz uma revelação surpreendente e encorajadora: a leitura da Bíblia está mudando a saúde emocional e espiritual das novas gerações nos Estados Unidos.
O relatório “State of the Bible 2025”, divulgado recentemente, mostra que jovens da Geração Z e millennials que mantêm contato frequente com as Escrituras apresentam índices muito mais altos de bem-estar geral quando comparados com aqueles que não têm qualquer engajamento com a Palavra de Deus.
Gerações mais jovens redescobrem a Bíblia
A pesquisa, realizada em parceria com a Universidade de Chicago, ouviu 2.656 adultos de todas as regiões dos EUA. O destaque foi para os jovens entre 18 e 35 anos, que alcançaram nota média de 8,1 no Índice de Florescimento Humano — uma ferramenta de avaliação desenvolvida pela Universidade de Harvard, que mede áreas como saúde mental, felicidade, propósito de vida e qualidade dos relacionamentos.
Em contraste, a média geral da Geração Z foi de apenas 6,8, evidenciando a diferença gritante entre os que estão próximos das Escrituras e os que vivem distantes dela.
Bíblia e bem-estar: a conexão é inegável
O estudo ainda reforça que ler a Bíblia com frequência impacta diretamente o bem-estar pessoal. Aqueles que têm o hábito diário de mergulhar nas Escrituras apresentaram nota média de 7,9 no índice de saúde emocional e relacional, enquanto aqueles que nunca leem a Bíblia ficaram em apenas 6,8 pontos.
Além da leitura pessoal, a participação em cultos e comunidades de fé também fez diferença: cristãos que frequentam a igreja pelo menos uma vez por mês mostraram índices de felicidade e propósito muito mais elevados.
O relatório ainda fez questão de lembrar o que o apóstolo Paulo escreveu em Filipenses 4:4:
“Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos!”
Sinais de um reavivamento pós-pandemia
Depois de quatro anos seguidos de queda, o número de leitores ativos da Bíblia nos Estados Unidos voltou a crescer em 2025. O salto foi de 11 milhões de pessoas a mais, com destaque para millennials, homens e integrantes da Geração X.
A ABS também destacou o crescimento do chamado “meio móvel”, um grupo de 71 milhões de americanos que têm mostrado interesse crescente na Bíblia, mesmo que ainda não tenham desenvolvido um hábito consistente de leitura. Muitos deles são cristãos nominais ou afastados, que agora estão sendo impactados por ministérios e recursos que facilitam a compreensão das Escrituras.
A Geração Z dá sinais de mudança
Apesar de ser considerada uma das gerações mais afetadas por crises de identidade e saúde mental, a Geração Z apresentou um avanço notável nos relacionamentos interpessoais, passando de 6,6 para 7,0 pontos em um ano, superando inclusive as gerações anteriores nesse aspecto.
Um dos fatos mais surpreendentes veio da Baía de São Francisco, tradicionalmente uma região mais secularizada. Lá, 40% dos millennials e 37% da Geração Z se declararam usuários da Bíblia, superando a média nacional.
O mundo também está mudando
O relatório também citou o Global Flourishing Study, um estudo internacional sobre o bem-estar humano. Nações como Indonésia, México, Filipinas, Israel e Nigéria lideraram os rankings mundiais de florescimento humano, enquanto os Estados Unidos ficaram apenas em 15º lugar.
Segundo os especialistas, o recado é claro: o bem-estar emocional não depende apenas de riqueza material, mas de propósito de vida, vínculos sociais fortes e fé viva. Como diz o Salmo 1:1-3:
“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios… antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite… tudo quanto fizer prosperará.”
Uma janela de oportunidade para a Igreja
O estudo conclui que, mesmo diante de um cenário de transformação cultural, há um movimento de retorno à Palavra de Deus, especialmente entre os jovens adultos. Um despertar silencioso, mas poderoso, que reforça: quando a Bíblia entra em uma geração, vidas inteiras são transformadas.