Professora critica fala da primeira-dama Janja e linguagem das provas: “O básico está cada vez mais complexo”


 A professora Roberta Macêdo viralizou nas redes sociais após publicar um vídeo crítico à recente fala da primeira-dama Janja Lula da Silva sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No Reels publicado em seu Instagram, Roberta reage com indignação à frase de Janja: “Tá no ar as inscrições do Enem”, apontando erros gramaticais e incoerências no discurso da esposa do presidente Lula.

A fala da primeira-dama foi alvo de críticas tanto pelo uso coloquial e gramaticalmente incorreto quanto pela insinuação de que o Enem seria uma prova “muito básica” — o que foi entendido por muitos como um comentário descolado da realidade enfrentada por milhões de estudantes brasileiros.

Em resposta, Roberta Macêdo destacou o que chamou de elitização da linguagem nas provas. Segundo ela, o Enem e outros exames públicos utilizam cada vez mais textos e questões com vocabulário excessivamente rebuscado, o que dificulta a compreensão para a maioria dos estudantes, especialmente os da rede pública.

“O básico está cada vez mais complexo!”, diz Roberta no vídeo, reforçando a contradição entre o discurso político e a prática educacional.

O vídeo gerou ampla repercussão, com milhares de visualizações e compartilhamentos, especialmente entre professores e estudantes que se identificaram com a crítica. Internautas apontaram a ironia de que, enquanto a linguagem das provas se torna mais difícil, figuras públicas cometem erros básicos de português — sem sofrerem as mesmas cobranças impostas aos candidatos de concursos e vestibulares.

A publicação de Roberta reacendeu o debate sobre o nível de dificuldade do Enem e a responsabilidade de figuras públicas ao se comunicarem com a população. Para ela, o ideal seria buscar uma educação que fosse, ao mesmo tempo, acessível, crítica e tecnicamente correta, começando pelo exemplo dado por lideranças.

Repercussão nas redes sociais

O vídeo de Roberta Macêdo gerou forte repercussão no Instagram, com milhares de curtidas e comentários de apoio. Seguidores destacaram a importância da crítica:

“Ela disse que o Enem é básico e erra no plural? A piada se escreve sozinha.”
“Você falou o que todos nós, professores, gostaríamos de dizer. Obrigado!”
“O Enem só é ‘básico’ pra quem não precisa fazer.”

Outros usuários apontaram a incoerência entre a cobrança feita aos estudantes e a forma como autoridades públicas se comunicam:

“Se um aluno falasse isso na redação do Enem, perderia ponto na hora.”
“Enquanto os alunos precisam dominar três competências linguísticas, político pode errar à vontade.”

Debate reacendido

A fala da primeira-dama e a crítica de Roberta reacenderam o debate sobre a clareza e a acessibilidade da linguagem em provas públicas. Para muitos educadores, o uso de textos com linguagem hermética ou desnecessariamente rebuscada dificulta a inclusão de estudantes vindos de contextos sociais mais vulneráveis.

Ao levantar o tema, Roberta Macêdo propôs uma reflexão sobre a necessidade de tornar a educação mais justa — e de exigir mais responsabilidade de quem ocupa cargos de representação pública.

Assista abaixo:

Fonte: Instagram @profa.robertamacedo

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