Alerta aos pais: Uso de cigarro eletrônico explode entre adolescentes no Brasil, revela pesquisa

 O que antes era visto como um problema concentrado entre adultos fumantes agora bate à porta de lares com filhos na adolescência. Uma nova pesquisa nacional revela um crescimento alarmante no uso de cigarros eletrônicos entre jovens brasileiros, acendendo o sinal de alerta para famílias, escolas e autoridades de saúde.


O levantamento faz parte da terceira edição do Lenad (Levantamento Nacional de Álcool e Drogas), conduzido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e ouviu mais de 16 mil pessoas com 14 anos ou mais, entre 2022 e 2024. Pela primeira vez, o estudo incluiu dados sobre o consumo de dispositivos eletrônicos para fumar, os populares “vapes” e “pods”.

Um crescimento invisível (e assustador)

O dado que mais chocou os pesquisadores foi a diferença brutal no consumo entre cigarros tradicionais e eletrônicos entre adolescentes:
👉 Hoje, o número de jovens que usam cigarro eletrônico é cinco vezes maior do que o dos que consomem o cigarro comum.

Mesmo com a venda proibida por lei no Brasil, a facilidade de compra pela internet tem alimentado esse crescimento descontrolado.

“É muito fácil comprar o aparelho online, o que amplia o acesso a esses dispositivos”, alerta a coordenadora do estudo, professora Clarice Madruga, da Unifesp.

Mais tóxico do que parece

Além de ser uma tendência preocupante, o cigarro eletrônico não é tão “inofensivo” quanto muitos pensam. Pelo contrário, segundo os pesquisadores, a exposição à nicotina e a outras substâncias tóxicas nesses dispositivos é ainda maior que no cigarro tradicional.

“A inalação de substâncias altamente tóxicas é muito maior no cigarro eletrônico. Os adolescentes estão sendo enganados por uma falsa sensação de segurança”, alertou Clarice.

O estudo também revela que essa nova moda está quebrando uma vitória histórica do Brasil na luta contra o tabagismo, que vinha apresentando quedas constantes desde a década de 1990.

“Tivemos um sucesso gigantesco na redução do tabagismo, mas agora estamos enfrentando um novo desafio que quebrou completamente essa trajetória. O pior é que isso está acontecendo de forma quase invisível”, destacou a coordenadora.

Um desafio que vai além da saúde pública

O crescimento do uso de cigarros eletrônicos entre os jovens também lança um desafio espiritual e educacional às famílias cristãs. O princípio de Provérbios 22:6 continua mais atual do que nunca:

“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele.”

A responsabilidade de orientar os filhos sobre os perigos — não só físicos, mas também espirituais e emocionais — de práticas nocivas como essa cabe à família, à igreja e à comunidade.

Ações e prevenção

Como medida de cuidado imediato, os organizadores do levantamento ofereceram aos participantes a possibilidade de encaminhamento para tratamento especializado no Hospital São Paulo e no Centro de Atenção Integral em Saúde Mental da Unifesp.

Por outro lado, o estudo reforça a urgência de novas campanhas educativas e ações de prevenção voltadas especificamente à juventude, com linguagem acessível e foco em valores que resgatem o cuidado com o corpo, o templo do Espírito Santo.

Enquanto as autoridades de saúde estudam novas estratégias, o recado para os pais, líderes e educadores é claro: o combate começa dentro de casa, com diálogo, informação e muita oração.

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