A audiência da influenciadora Virgínia Fonseca na CPI das Bets, realizada na última terça-feira (13), ultrapassou os limites do debate sério e provocou reações intensas. O pastor Rodrigo Mocellin classificou o momento como um reflexo sombrio da decadência moral de uma sociedade afastada de Deus.
Virgínia negou qualquer envolvimento com irregularidades e afirmou que sempre alertou seu público sobre os riscos das apostas. No entanto, a superficialidade do debate e a falta de seriedade geraram revolta em diversos setores da sociedade.
O pastor Rodrigo Mocellin não poupou críticas: para ele, a audiência “foi um verdadeiro circo”.
“Sem Deus como fundamentação, todo direito, toda disputa entre certo e errado, declaração de justiça e injustiça, tudo é um verdadeiro circo. Filósofos ateus como Sartre e Dawkins disseram, e concordaram, se Deus não existe, não existe certo ou errado”, conceituou.
A CPI também apura denúncias de contratos publicitários que beneficiariam influenciadores proporcionalmente às perdas financeiras dos apostadores — muitos deles, inclusive, menores de idade ou pessoas emocionalmente vulneráveis.
Para Mocellin, o episódio escancara a fragilidade de uma sociedade que rejeita princípios absolutos. Com firmeza, ele afirmou:
“Nenhum leão é levado a julgamento por matar, estuprar ou violentar. Se Deus não existe, a única coisa que existe é a lei da seleção natural, em que os mais adaptados sobrevivem. Desse modo, não apenas debater ‘é correto, aposta ou não?; Drogas? E o assassinato?’, tudo isso é pura ilusão. Se Deus não existe, como disse Dostoiévski, tudo é permitido. Certo e errado seriam apenas uma convenção social”, provocou.
Enquanto o país assiste ao avanço das apostas e à banalização da ética, líderes religiosos como Mocellin levantam um alerta: sem Deus, não há norte moral — apenas o caos travestido de normalidade.