O cantor Jefferson Araújo, da dupla gospel com Suellen Araújo, protagonizou um dos momentos mais tensos do Gideões Missionários da Última Hora ao reagir, em pleno púlpito, às duras críticas que o estilo musical worship vem sofrendo dentro das igrejas pentecostais — especialmente vindas de pastores de renome como Marco Feliciano (PL-SP) e Ângelo Galvão.
O maior congresso pentecostal do país, tradicional reduto do fogo e da glória, virou palco de uma verdadeira guerra velada entre estilos musicais e lideranças. O culto, que deveria exaltar a unidade da fé, foi marcado por indiretas afiadas e discursos inflamados — alguns dos quais não passaram despercebidos pelos milhares de fiéis e internautas atentos.
A página Assembleianos de Valor expôs que os ataques vieram de pastores que enxergam no worship uma ameaça à liturgia clássica pentecostal, mais marcada por letras exaltando curas, milagres e o sobrenatural de Deus — algo que, segundo eles, estaria se perdendo em meio à estética mais suave e repetitiva do novo estilo.
Jefferson, visivelmente incomodado, não deixou barato. Em sua pregação, ele rompeu o protocolo e mandou seu recado em tom de desabafo:
“Não precisa atacar ninguém. Fala mal da igreja de ninguém. Fala mal de estilo musical nenhum. ‘Só toca na mesma nota. Só toca na mesma melodia. Só toca a mesma música’. A gente vai pro mesmo céu! É o mesmo Deus!”
Mas o ápice veio quando o cantor desafiou os críticos a voltarem ao que realmente importa:
“Vamos falar do arrebatamento? Vamos falar que Jesus está voltando para buscar a Igreja? Vamos na mesma nota? Vamos na mesma nota! Vamos na mesma nota!”, declarou, arrancando aplausos e também olhares desconfortáveis da plateia.
Nas redes sociais, o episódio dividiu opiniões e acentuou o racha dentro do próprio movimento pentecostal. O influenciador Thiago Barboza resumiu o clima de tensão:
“Tem algo estranho acontecendo nos Gideões… pregador sobe no púlpito com a Bíblia na mão, mas o sermão inteiro é uma indireta disfarçada. Indireta pra quem já pregou, pra quem vai pregar, pros que estão se enriquecendo na costa do povo. Parece mais uma guerra de egos do que pregação do Evangelho.”
Outro usuário disparou com ironia:
“Falou o cara que só vai cantar se for convidado pra pregar também.”
Por outro lado, algumas vozes tentaram equilibrar o debate, buscando um olhar mais espiritual:
“Concordo. A primeira adoração na Bíblia nem foi musical. Foi o sacrifício de Abraão. Adoração é em espírito e em verdade. Mas cada um com seu entendimento”, comentou uma seguidora.
O vídeo da participação completa de Jefferson e Suellen já circula nas redes, sendo compartilhado como um dos momentos mais intensos — e controversos — desta edição do Gideões Missionários.
Assista à íntegra da participação de Jefferson e Suellen no Gideões: