O ex-jogador da NFL e ativista cristão Tim Tebow lançou uma bomba no debate sobre o abuso sexual infantil: o maior perigo para as crianças não está nas ruas, mas dentro de casa. E, pior: os próprios pais, familiares e pessoas próximas são, muitas vezes, os responsáveis por crimes devastadores contra inocentes.
“Isso está acontecendo no nosso quintal”, declarou Tebow com veemência no polêmico The Shawn Ryan Show. Ao invés de suavizar a dura realidade, ele decidiu encará-la de frente — e expôs verdades incômodas que muita gente prefere ignorar.
“É impressionante quando você pensa em muitos casos que são feitos pelas famílias, amigos e por pessoas de confiança”, acrescentou. E completou com uma revelação estarrecedora: “É inacreditável o que está acontecendo nas famílias. Uma das coisas mais dolorosas é que o principal culpado são os pais biológicos”.
O monstro mora ao lado
Esqueça a ideia de que o abuso sexual infantil é um problema restrito a redes criminosas escondidas em países distantes. Segundo Tebow, o tráfico e a exploração de crianças — que ele chama de "um dos piores males do mundo" — estão muito mais próximos do que se pensa. São crimes cometidos dentro de casas respeitáveis, por pessoas que aparentemente vivem vidas normais.
Através da Tim Tebow Foundation, ele busca enfrentar esse pesadelo com ações concretas. Uma dessas frentes é a Operação Renewed Hope, que reúne gigantes como Google, Interpol e Homeland Security para identificar crianças abusadas em mais de 50 mil imagens de estupro infantil. E os números revelados por Tebow são de arrepiar:
“Isso foi nos últimos 30 dias. Cada ponto vermelho representa pelo menos um endereço IP único. Há mais de 111.000 só nos EUA”, explicou ele, ao mostrar o mapa do Departamento de Justiça. E pior: “Cinquenta e cinco a 85% também são infratores ativos. Um infrator médio tem 13 vítimas ao longo da vida. Em cada um desses pontos vermelhos, há um menino ou uma menina sofrendo do outro lado”.
Estados Unidos: um dos maiores centros de estupro infantil online
Sim, os dados são reais — e constrangedores. Os Estados Unidos lideram o ranking mundial no financiamento de estupros infantis transmitidos ao vivo, ficando atrás apenas da China e da Rússia no compartilhamento de conteúdo abusivo.
É uma ferida exposta em uma nação que se orgulha de ser exemplo de liberdade e justiça. E enquanto o governo debate burocracias, crianças continuam sendo torturadas diante de câmeras por dinheiro.
Tebow agora luta pela aprovação da Lei Esperança Renovada, que aumentaria de 7 para 200 o número de agentes voltados à identificação de vítimas no Centro de Crimes Cibernéticos do HSI.
“Quero que as pessoas se conscientizem para que possamos agir e fazer alguma coisa. É hora de denunciá-los”, clama.
Um sistema podre por dentro?
As investigações da fundação revelam algo ainda mais perturbador: os abusadores não estão apenas em becos escuros ou sites escondidos — eles estão também nos quartéis da polícia, nas salas de aula e nos campos esportivos.
Tebow mostrou ainda um fórum da dark web em que pedófilos trocavam abertamente instruções sobre como molestar crianças e não serem pegos. E o que vem crescendo nos bastidores é algo tão monstruoso quanto inacreditável:
“Há muitas coisas dolorosas e perturbadoras nisso. Uma das coisas que estamos vendo crescer aos poucos é o número de agressores que dizem: ‘Em vez de encontrar a próxima vítima — vamos criar a próxima — ou seja, ter um filho e criá-lo", revelou Tebow.
Pais: acordem para a guerra espiritual e moral
Falando diretamente aos pais, o ex-jogador não alivia: é preciso parar de ser ingênuo e começar a proteger de verdade. "Por favor, seja o protetor que você foi chamado para ser. Às vezes, isso pode significar que você não lhe dará muita liberdade, mas este é um problema terrível contra o qual temos que lutar, e tem que ser como um todo", alertou.
“Ore! Converse com outras famílias, proteja seus filhos, proteja os filhos dos vizinhos. Seja um protetor. Use suas habilidades, seus recursos, para o bem", completou.
Cada criança importa
Enquanto espera a chegada de sua filha, cujo nome homenageia uma bebê resgatada com apenas 25 dias de vida, Tebow afirma com emoção:
“Todas essas crianças são tão especiais. Elas foram feitas à imagem de Deus. E muitas vezes as tratamos como lixo, quando na verdade são o tesouro de Deus”.
E finaliza com uma verdade que arde na consciência de quem ouve:
“Se pudéssemos cuidar de todas essas vidas que passaram por tanta tortura, se elas pudessem saber o quanto são preciosas para Deus, isso seria tudo”.
Fonte: com informações de The Christian Post