Em uma cena digna de livro dos Atos, mas que poderia muito bem ser chamada de afronta aos direitos básicos de fé, autoridades chinesas tentaram calar o Evangelho... e acabaram ouvindo a mensagem que tentavam silenciar.
A tentativa do regime comunista de interromper um culto cristão em uma igreja doméstica terminou de forma inesperada — e, para muitos, milagrosa. Policiais e representantes de diversos órgãos do governo foram enviados para acabar com o encontro, mas foram recebidos com louvor, oração e, o mais surpreendente: o Evangelho lhes foi pregado ali mesmo, diante de todos.
Segundo a organização China Aid, o episódio envolveu agentes da segurança do Estado, da delegacia de polícia, do departamento étnico e religioso e representantes da comunidade local. O que era para ser uma operação de repressão se transformou em um culto com plateia oficial. Um dos cristãos presentes relatou:
“Graças a Deus, o encontro atraiu os agentes e eles nos ouviram falar sobre Jesus. Ainda conseguimos louvar e adorar como sempre”.
Será que as autoridades chinesas perceberam que estavam sendo evangelizadas? Ou Deus apenas usou a perseguição como instrumento para alcançar quem tentava impedir sua própria Palavra?
“Reuniões ilegais”? Ou reuniões de fé?
As chamadas "igrejas domésticas", não registradas no controle estatal, são consideradas "ilegais" pelo regime chinês, mas representam a fé viva e corajosa de milhares de cristãos que se recusam a dobrar os joelhos diante do sistema. Enquanto o governo tenta calar os fiéis, Deus continua falando — às vezes, no ouvido do próprio opressor.
Entre os participantes do culto estava Chen Wensheng, evangelista conhecido na província de Hunan, cuja história escancara o abismo entre a repressão do governo e o poder transformador da fé. Ex-dependente químico, Chen teve sua vida mudada ao conhecer Jesus em um centro de reabilitação. Desde então, passou a pregar publicamente — atitude que lhe rendeu prisão, vigilância e perseguição contra sua própria família.
Em 2023, Chen foi condenado a 1 ano e 7 meses de prisão por “organizar reuniões ilegais” — na prática, por compartilhar o Evangelho nas ruas. Libertado recentemente, ele continua firme ao lado da esposa, mesmo sob constante vigilância.
O Evangelho resiste — mesmo quando tentam silenciá-lo
A Constituição da China “garante” liberdade religiosa, mas os fatos falam mais alto: igrejas não afiliadas ao Estado são perseguidas, cultos são invadidos, e Bíblias são censuradas. Mesmo assim, os cristãos não recuam. Pelo contrário: cada ataque é visto como oportunidade divina.
“Embora corramos riscos ao abrir nossas casas, somos surpreendidos pela graça e pela presença do Senhor”, declarou um membro da igreja. A comunidade local continua clamando por força e proteção, enquanto usa cada culto como trincheira espiritual.
E você, o que faria se a polícia batesse à porta da sua igreja no meio do culto? Fugiria ou evangelizaria?
Casos como esse mostram que a fé cristã, quando perseguida, não se cala — ela grita ainda mais alto. Como disse o apóstolo Paulo em Filipenses 1:29:
“A vocês foi concedido... não somente crer, mas também sofrer por Ele.”