O culto do último domingo, 27 de abril, na Transformation Church, em Tulsa, Oklahoma, virou palco de uma verdadeira tempestade de críticas e indignação. O responsável? O pastor Michael Todd, conhecido por seu estilo performático, resolveu subir ao púlpito vestido com roupas consideradas femininas, chocando parte da comunidade cristã e acendendo um debate explosivo nas redes sociais.
Todd, que deveria estar lançando sua nova série de mensagens chamada "MOSTARDA: A Semente Que Pode Mudar Tudo", acabou roubando os holofotes não por sua pregação, mas por sua escolha de vestuário. Ele apareceu usando uma calça justa de corte feminino, regata colada ao corpo, camisa de couro mostarda e botas com estampa de pele de cobra — itens que muitos classificaram como “roupa de mulher”. As botas, inclusive, foram comparadas a saltos altos, o que causou ainda mais controvérsia.
Críticas pipocaram quase instantaneamente. “Pastores estão se vestindo como tias agora”, ironizou o youtuber cristão Alton T. Johnson, anexando uma imagem do culto. Já o comentarista conservador Jason Whitlock não economizou nas palavras: chamou a aparência de Todd de “triste” e o descreveu como uma “abominação”. Com quase 850 mil seguidores na rede X (antigo Twitter), a declaração repercutiu como gasolina em brasa.
Em sua pregação, Todd até tentou trazer um alerta sobre o uso irresponsável da fé, dizendo: “Não desperdicem sua fé em coisas que a disciplina pode apagar”, referindo-se a situações como maus hábitos alimentares. Mas tudo isso foi praticamente ignorado diante do visual polêmico.
Para muitos cristãos, o episódio ultrapassou o limite do “estilo jovem” e entrou no terreno da irreverência e da afronta aos valores bíblicos. “A Bíblia é clara: o líder precisa ter decoro e sobriedade”, comentou um fiel indignado, citando 1 Timóteo 3:2.
Essa não é a primeira vez que Michael Todd causa alvoroço por sua estética ousada e encenações inusitadas no púlpito — em outra ocasião, chegou a cuspir na mão e passar no rosto de um membro da igreja durante uma ilustração.
Até o momento, o pastor não respondeu às críticas. Mas a pergunta que fica ecoando entre muitos fiéis é: até onde um líder cristão pode ir em nome da “comunicação moderna”? E quando o estilo começa a ofuscar — ou corromper — a mensagem?