A demora para iniciar o planejamento previdenciário pode reduzir em até 40% o valor da aposentadoria e prolongar o tempo de contribuição em anos, conforme análise de casos atendidos pelo escritório do advogado Ailton Trento Jr., especialista em Direito Previdenciário.
Dados do IBGE (2023) indicam que 80% dos brasileiros começam a se preocupar com o tema apenas cinco anos antes de se aposentar, gerando prejuízos médios de R$ 1.200 mensais no benefício final.
Como funciona
O processo envolve quatro etapas fundamentais:
- Análise da vida laboral: revisão de todos os vínculos empregatícios e contribuições;
- Correção do CNIS: identificação de períodos não contabilizados ou erros cadastrais;
- Projeção matemática: cálculo do benefício sob as regras antigas, de transição e atuais (pós-Reforma de 2019);
- Estratégia personalizada: definição de contribuições complementares ou aproveitamento de regimes especiais (rural, professor, etc.).
- Para trabalhadores entre 25 e 35 anos, antecipar o planejamento pode aumentar o valor final em até 30%, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP).
Impacto
A Emenda Constitucional 103/2019 ampliou a complexidade do sistema. Exemplo: sob as regras atuais, um homem de 35 anos precisará contribuir por 40 anos para receber 100% do benefício — antes, bastavam 35 anos.
“A falta de ajustes pode resultar em aposentadorias 60% menores que o salário médio”, explica Trento Jr., referindo-se ao mecanismo de cálculo pela média de todos os salários.
Casos comuns de perda incluem:
- Não comprovação de atividades rurais informais;
- Períodos como autônomo sem GPS quitada;
- Desconsideração de horas extras na base de cálculo.
Vantagens
Além de maximizar valores, o planejamento previdenciário:
- Reduz o tempo para aposentadoria em até 8 anos (via buyback);
- Recupera benefícios negados indevidamente;
- Previne perdas por mudanças legislativas.
“Um diagnóstico precoce evita que o trabalhador descubra tardiamente que faltam 10 anos de contribuição”, alerta o advogado, pós-graduado em Direito da Assistência Social.
Perfil do especialista
Ailton Trento Jr., 45 anos, combina atuação pastoral com advocacia previdenciária há 12 anos. Atende online em todo o Brasil e presencialmente em São Paulo/SP.
É autor do manual “Previdência sem Mitos” (2022) e mantém canal educativo no Instagram (@ailtontrentojradv), com 56 mil seguidores. Pai de Kauanne e Giovanna, defende que “aposentadoria é projeto de vida, não apenas direito legal”.
Fonte dos dados:
- IBGE: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (2023)
- IBDP: Anuário Estatístico da Previdência (2024)
- Artigo 201 da Constituição Federal e Lei 14.133/2021 (Regime Geral de Previdência Social)
- Com: Guiame