Em um movimento histórico para a proteção das raízes da fé cristã no Brasil, o Senado deu um passo decisivo para blindar a Bíblia contra alterações ideológicas. Na última quarta-feira, 23 de abril de 2025, a Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou o Projeto de Lei 4.606/2019, que proíbe qualquer modificação nos textos das edições oficiais da Bíblia Sagrada.
Relatado pelo senador Magno Malta (PL-ES), o projeto agora segue para a Comissão de Educação (CE), em mais uma etapa rumo à sua aprovação definitiva — e a expectativa entre os cristãos é alta.
Uma defesa da integridade da Palavra de Deus
O texto do projeto é claro: fica vedado alterar, adaptar, suprimir ou acrescentar qualquer conteúdo nos textos do Antigo e do Novo Testamento, em publicações apresentadas como edições da Bíblia Sagrada. Não se trata de censurar interpretações ou reflexões teológicas — essas continuam livres. O objetivo é preservar a fidelidade ao texto bíblico.
“O que está em jogo aqui é a integridade da Palavra de Deus”, afirmou o senador Magno Malta. Segundo ele, o projeto é uma resposta direta à crescente tentativa de distorcer ou adulterar o conteúdo sagrado, sob pretextos ideológicos ou culturais.
Malta foi enfático: “A proposta visa impedir versões deturpadas, que acrescentem ideias alheias ao texto sagrado. A Bíblia é um patrimônio espiritual, cultural e histórico do povo brasileiro. É preciso protegê-la de qualquer forma de manipulação.”
Proteção constitucional e identidade espiritual
O relatório menciona o artigo 5º da Constituição Federal, que garante a liberdade de crença e culto. A proposta, segundo o senador, reforça esses direitos ao garantir que o conteúdo da Bíblia permaneça intacto, reconhecido e respeitado pelas comunidades cristãs.
A diferença entre interpretação e alteração é o ponto central do projeto. Interpretar é legítimo e faz parte da vivência da fé. Alterar o texto sagrado, por outro lado, é visto como uma ameaça grave à fé cristã e à sua tradição milenar.
Apoio da maioria cristã brasileira
Magno Malta também destacou que 88,8% da população brasileira se declara cristã, de acordo com o Censo 2022. “É uma questão de respeito ao que a maioria do povo brasileiro acredita e valoriza. Proteger a Bíblia é proteger a fé, a cultura e a identidade espiritual da nossa nação”, afirmou o senador.
O avanço do PL 4.606/2019 é visto como uma vitória para os cristãos que defendem a fidelidade às Escrituras. Agora, todas as atenções se voltam para a Comissão de Educação, que analisará a proposta antes de sua possível votação em plenário.
A pergunta que fica é: num tempo em que tantos valores estão sendo relativizados, quem se levantará para proteger aquilo que é sagrado? O Senado começou a responder.
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