Líderes cristãos são ameaçados após denunciarem perseguição religiosa na Nigéria

Cristãos durante culto na Nigéria (Foto: World Watch Monitor)

 País ocupa o 7º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2025; líderes foram advertidos após falas ao Congresso dos EUA

Dois líderes cristãos na Nigéria, Wilfred Anagbe e Remegius Ihulya, passaram a ser alvo de ameaças após denunciarem a violência contra cristãos no país em audiência no Congresso dos Estados Unidos. O caso vem à tona em um contexto de aumento nos ataques a comunidades cristãs, especialmente no período que antecedeu a Páscoa.

Segundo informações, após prestar depoimento às autoridades norte-americanas, Anagbe recebeu um alerta do Ministério das Relações Exteriores da Nigéria para “tomar cuidado com suas palavras”. Já Ihulya foi informado por meio de mensagens anônimas sobre a possibilidade da emissão de um mandado de prisão. A origem desses avisos, no entanto, ainda não foi confirmada.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores se posicionou, acusando os religiosos de “deturpar os fatos e simplificar demais um desafio nacional profundamente complexo”. Ainda assim, o órgão reconheceu que os líderes estavam exercendo seu direito à liberdade de expressão, garantido pela Constituição nigeriana.

A situação reforça o cenário de instabilidade enfrentado por cristãos no país africano, que ocupa atualmente a 7ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2025, elaborada pela organização Portas Abertas. Casos como o sequestro das meninas de Chibok, a prisão de Leah Sharibu, e os assassinatos de cristãos como Deborah Samuel e a perseguição à enfermeira Rhoda Jatau são apenas alguns dos inúmeros episódios que ilustram a crescente hostilidade religiosa na região.

Apesar do clima de tensão, cristãos nigerianos comemoraram recentemente uma decisão importante: o tribunal regional da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) declarou ilegais as leis de blasfêmia da Nigéria. A legislação vinha sendo utilizada como justificativa para linchamentos públicos de pessoas acusadas de violar a sharia, especialmente no Norte do país.

A denúncia dos líderes cristãos e a resposta internacional seguem sendo instrumentos importantes para expor e combater a perseguição religiosa em uma das nações mais perigosas do mundo para os seguidores de Jesus.

Fonte: Portas Abertas

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