Em um anúncio que está chamando atenção ao redor do mundo, o imã Umair Ahmed Ilyasi — uma das vozes mais influentes do islamismo na Índia — revelou durante o mês sagrado do Ramadã que está em curso a criação de uma nova religião global. Batizada de “Fé Abraâmica Única”, a proposta ousada tem como missão unir muçulmanos, judeus e cristãos sob uma crença comum, baseada nos valores que compartilham.
A ideia, segundo o imã, nasceu de um profundo chamado espiritual.
“Durante o Ramadã, senti claramente que Deus deseja mais unidade entre Seus filhos. A paz verdadeira só será possível quando encontrarmos aquilo que nos une, e não aquilo que nos separa”, afirmou Ilyasi.
Essa visão de unidade religiosa está ganhando força no cenário internacional. Nos Emirados Árabes Unidos, por exemplo, já foi inaugurado o Abrahamic Faith Center, em Abu Dhabi — um espaço simbólico que reúne representantes das três religiões monoteístas e promove o diálogo inter-religioso em um ambiente de respeito mútuo.
Para Ilyasi, embora haja diferenças nos rituais e nas práticas de fé, os pilares fundamentais são os mesmos: amor ao próximo, justiça, compaixão, respeito à família e zelo pela humanidade. “Essas são as marcas que nos tornam irmãos, ainda que com caminhos diferentes”, declarou.
A proposta da Fé Abraâmica Única não pretende apagar identidades religiosas nem impor uma uniformidade teológica. O objetivo, segundo seus idealizadores, é construir pontes, encurtar distâncias e promover a convivência pacífica entre povos que há séculos compartilham raízes históricas e espirituais.
“Somos como primos espirituais, todos descendentes de Abraão. A divisão veio dos homens, mas a origem é uma só”, ressaltou o imã, reforçando o simbolismo da figura patriarcal comum às três tradições.
Embora ainda não haja uma data oficial para o lançamento dessa nova fé, Ilyasi afirmou que os preparativos já estão sendo realizados em diversos países, com apoio crescente de líderes religiosos, acadêmicos e diplomatas.
A ideia é ambiciosa — e certamente polêmica. Especialistas apontam que a iniciativa deve provocar debates intensos, tanto no meio teológico quanto geopolítico. Ainda assim, ela já desperta o interesse de milhares de pessoas ao redor do globo, em busca de novas respostas para antigos conflitos.
Se consolidada, a Fé Abraâmica Única poderá representar um novo capítulo na história da espiritualidade mundial — um caminho inédito para a coexistência entre religiões que, por muito tempo, foram separadas por muros invisíveis de desconfiança e disputas.
Mais do que uma nova religião, a proposta se apresenta como um movimento de reconciliação global. Um convite à esperança em tempos marcados pela intolerância, e um sinal de que a fé ainda pode ser uma poderosa ferramenta de união.
As informações são do site Munsif News.