Damasco foi palco de um apelo dramático no último domingo (9). O presidente interino da Síria, Ahmed Sharaa, clamou por paz e unidade nacional enquanto o país mergulha em uma espiral de violência brutal. Desde quinta-feira (6), as províncias de Latakia e Tartous testemunham o massacre de centenas de civis alauítas em ataques sistemáticos atribuídos a forças de segurança.
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR), pelo menos 745 civis foram mortos em 30 ataques apenas entre sexta e sábado. A BBC, no entanto, não conseguiu verificar os números de forma independente.
A queda do ex-presidente Bashar al-Assad, em dezembro, intensificou o caos. O atual governo islâmico de transição e os apoiadores do antigo regime travam batalhas ferozes, enquanto a população paga o preço do conflito. O governo sírio nega envolvimento nos ataques, mas o medo se espalha.
Milhares de alauítas buscam refúgio na base militar russa de Hmeimim, em Latakia. Outros fogem desesperadamente para o Líbano, tentando escapar da violência crescente. A ONU alertou para o risco de desestabilização total do país e exigiu o fim imediato dos confrontos.
A onda de terror também atinge os cristãos sírios. Igrejas fecharam as portas, cultos foram suspensos e três líderes cristãos divulgaram um comunicado condenando os ataques. O grupo Portas Abertas relata que cristãos estão aterrorizados e muitos cogitam abandonar a Síria para sobreviver.
Diante da crise humanitária, a organização pede orações e doações urgentes para garantir alimentos, água e assistência às vítimas. A mobilização global é crucial para socorrer os afetados e fortalecer a Igreja Perseguida em meio ao horror da guerra.
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