“Se é contra Bolsonaro, vale. Se é contra a esquerda, aí não vale. A democracia precisa de limites!” disse o deputado, em um discurso contundente.
O deputado federal Pastor Otoni de Paula (MDB-RJ) usou a tribuna da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (28) para denunciar, com indignação, um cartaz que foi afixado nas dependências da Universidade de Brasília (UnB), que, segundo ele, faz apologia à morte do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Otoni não poupou críticas ao ocorrido e classificou o caso como "um absurdo", afirmando que já acionou o Ministério Público Federal (MPF) para abrir uma investigação sobre a responsabilidade da universidade nesse episódio.
"Eu subo a essa tribuna para denunciar o absurdo que foi amplamente divulgado nas redes sociais no retorno das aulas da UnB. Um cartaz com apologia à morte do presidente Bolsonaro foi pendurado nas dependências da universidade", disse o parlamentar com veemência.
O deputado enfatizou que, apesar de críticas políticas serem legítimas em uma democracia, existem limites éticos e legais, principalmente em instituições públicas de ensino, que devem ser respeitados. Ele comparou o tratamento dispensado a figuras da esquerda e da direita no Brasil e questionou o tratamento desigual.
“Qualquer crítica a Bolsonaro é permitida. A opinião é livre. Mas fazer apologia à morte dentro de uma universidade pública ultrapassa qualquer limite de humanidade”, destacou. “Imaginem se fosse um cartaz com o nome de Lula. A imprensa teria classificado como um atentado à democracia”, completou.
Otoni de Paula chamou atenção para o que considera uma “democracia seletiva” no país, onde, segundo ele, certos discursos são tolerados apenas quando dirigidos contra a direita política.
“Se é contra Bolsonaro, vale. Se é contra a esquerda, aí não vale. Isso é algo muito perigoso! A democracia precisa de limites”, afirmou.
Ao final de seu pronunciamento, o deputado reforçou seu pedido ao MPF para que a responsabilidade da UnB seja investigada e deixou claro que não aceitará que se propague apologia à morte de Jair Messias Bolsonaro, "o maior líder da direita que esse país já conheceu".
Até o momento, a Universidade de Brasília não se pronunciou oficialmente sobre o incidente.
Fonte: O Fuxico Gospel
Foto: Divulgação