Ex-trans reverte mudança de sexo e faz alerta: 'Inaceitável que crianças passem por isso'

 Sophie Griebel viveu anos como homem, mas hoje se tornou uma forte voz contra a transição de gênero precoce. Atualmente atuando como coach de saúde mental, ela compartilha sua experiência para alertar sobre os perigos da destransição e os impactos psicológicos ignorados pela sociedade.

A destransição é o doloroso e complexo processo de retorno ao sexo biológico após passar por intervenções de mudança de gênero. Em entrevista ao Instituto de Antropologia Médica e Bioética (IMABE), Sophie denunciou a pressa com que jovens são levados a tratamentos irreversíveis sem a devida avaliação psicológica.

"Muitos buscam a transição tentando escapar de traumas profundos, mas a solução não está em mudar o corpo, e sim em curar a alma", alerta Sophie, que relata ter passado por abusos emocionais e sexuais na infância. Para ela, essa história de dor influenciou sua decisão de transição, mas ao descobrir que seu irmão também havia sido vítima de abuso, percebeu que seu sofrimento não estava ligado ao seu gênero.

Sophie destaca a frustração de muitos jovens que, após passarem pela transição, percebem que os problemas psicológicos permanecem. "O ambiente influencia muito. Antes de iniciar qualquer tratamento, é fundamental avaliar questões emocionais mais profundas", aconselha.

Ela critica a facilidade com que crianças e adolescentes têm acesso às mudanças de gênero. 

"Não é aceitável que menores de idade tomem decisões tão irreversíveis sem compreensão total das consequências", afirma. 

Em países como a Alemanha, a mudança de nome e gênero pode ser feita a partir dos 14 anos, o que, segundo Sophie, é uma irresponsabilidade.

A coach aconselha pais a adotarem uma postura cautelosa e a não incentivarem automaticamente a transição dos filhos. "A solução não é procurar um endocrinologista na primeira consulta, mas sim tratar as causas reais do sofrimento da criança", enfatiza.

Por fim, Sophie faz um apelo para que a sociedade e os profissionais de saúde foquem no tratamento das raízes emocionais e psicológicas do desconforto de gênero, em vez de promover soluções rápidas e irreversíveis. 

"Precisamos proteger nossas crianças e jovens de decisões precipitadas que podem marcar suas vidas para sempre", conclui.

Com informações da CNE e IMABE

Sophie Griebel, coach de saúde mental. (Foto: Instagram) 

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